Jaguaribe e Ipitanga: Subsídios para gestão ambiental de bacias hidrográficas
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Localização e Área de Estudo

Com 2 892 625 habitantes (IBGE, 2007) e sede de região metropolitana, o município do Salvador possui área terrestre de 308,15 km2 (SALVADOR, 2004) com aproximadamente 99,8% de sua área sob domínio da Mata Atlântica (ISA, 2000). As bacias dos rios Jaguaribe e Ipitanga compreendem 35% da área terrestre do município do Salvador (117 km2). Essas bacias possuem áreas urbanas e rurais com atividades diversificadas como turismo, mineração, captação de água para abastecimento urbano e conflitos de uso e ocupação, o que ocasiona problemas como poluição das águas fluviais e do solo e desmatamento desordenado. A localização dessas bacias no município é apresentada na Figura 1.

A bacia do rio Jaguaribe está totalmente inserida no município do Salvador, possui área de 58,03 km2 que envolve parte da APA do Abaeté (longitude 38º 21’ O e latitude 12º 56’ S), Unidade de Conservação Estadual criada pelo Decreto Estadual n.º 2540/93, com área de 18 km2, caracterizada por dezoito ecossistemas lacustres lênticos. A APA está sujeita a forte especulação imobiliária e apresenta áreas degradadas que necessitam recuperação. Os resultados do Projeto de Avaliação e Ações Prioritárias para Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica e Campos Sulinos (MMA, 2000), classificam a região da APA como área de alta importância biológica, sendo recomendado o manejo local como a melhor ação estratégica para a conservação da Mata Atlântica remanescente (no caso, há predominância da restinga). A Resolução do CONAMA n.º 03/96 (BRASIL, 1996), dispõe que a vegetação remanescente de Mata Atlântica abrange a totalidade de vegetação primária e secundária em estágio inicial, médio e avançado de regeneração. Britto et al. (1993) estudando a flora fanerogâmica das Dunas e Lagoas do Abaeté, listaram 410 espécies (283 gêneros em 88 famílias), demonstrando que ainda há uma flora rica na região que deve ser conservada.

A bacia do rio Ipitanga estende-se por Salvador e municípios próximos como Lauro de Freitas e Simões Filho. Dentro de Salvador compreende uma área de 59,0 km2, definida pelo PDDU 2004 (SALVADOR, 2004) como área rural e também abrange uma parte da APA do Abaeté. Distingue-se das outras bacias do município do Salvador, quanto ao uso e cobertura das terras, pela existência de áreas ocupadas pela agricultura e também pela localização de adutoras e reservatórios para abastecimento público de água. A mineração e o desflorestamento destacam-se como fatores de intervenção antrópica desordenada e promotora de desequilíbrios ambientais, entretanto a bacia ainda possui uma grande cobertura de mata atlântica que necessita ser preservada. A geração de informação detalhada e diversificada faz-se necessária para a gestão territorial dessa bacia.

Figura1: Imagem Quickbird, 2005 e localização da área de estudo com a delimitação das bacias dos rios  Ipitanga e Jaguaribe: Elaborado pelos autores a partir de imagem jpeg do PDDU, 2004.

Figura 2: Bacias de Jaguaribe e Ipitanga, distribuição dos pontos de amostragens de água e solo, hidrografia e ecossistemas lacustres.


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